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  • Foto do escritorDra. Jamile Rosário Kalil

Câncer de estômago: causas, sintomas e tratamento

Você sabia que o câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é uma doença com uma variedade de causas, tipos, sintomas e opções de tratamento?

Na sequência desse artigo, ajudaremos você a descobrir os principais sinais de alerta, fatores de risco, se a doença afeta mais homens ou mulheres e entender a doença para saber se aquela dor chata e recorrente é razão para se preocupar.


Além disso, você vai saber se prevenir do câncer de estômago e entender como podemos te ajudar.


O que é câncer de estômago?


Câncer, ou neoplasia, é o nome que se dá ao grupo de doenças que se relacionam ao crescimento anormal da quantidade e tamanho de células com potencial de se espalhar para além de seu local original no corpo.


No estômago, esse acúmulo celular pode ocorrer na mucosa gástrica (a “pele” do estômago), nos nodos linfáticos ou na região da junção gastresofágica, a passagem do esôfago para o estômago.


De acordo com o INCA - Instituto Nacional do Câncer - ligado ao Governo Federal, o câncer de estômago é o terceiro tipo em número de casos entre homens e o quinto entre as mulheres. Ainda segundo o Instituto, 21.230 novos casos da doença foram registrados no ano de 2020, sendo que homens representaram 62% dos pacientes acometidos por esse tipo de câncer.


Tipos de câncer gástrico


Há mais de um tipo de câncer de estômago, sendo mais comum os adenocarcinomas, que representam de 90% a 95% dos casos. Estes se desenvolvem a partir das células da mucosa, a camada interna do estômago.


Os outros tipos são:

● GIST, também conhecido como tumor estromal;

● Linfoma gástrico, comumente relacionado à gastrite e à presença da bactéria H. Pylori;

● Câncer carcinóide, relacionado às células do estômago produtoras de hormônios.


A correta identificação do tipo orientará as alternativas de tratamento da doença.

Causas e fatores de risco


Assim como várias outras doenças, o câncer de estômago apresenta causas internas e externas.


A herança genética tem uma participação significativa nos casos de câncer, sendo que o histórico familiar deste ou de outros tipos de câncer aumenta em cerca de cinco vezes a chance do desenvolvimento da doença, sendo, portanto, um fator de risco a se considerar.


Já como fator ambiental, o estilo de vida é o mais relevante.


A ingestão frequente de álcool, o tabagismo e principalmente a alimentação pobre em frutas e verduras, que envolva consumo recorrente de carne vermelha, carnes processadas, defumadas, e produtos embutidos são inimigos do estômago e aliados deste tipo de câncer.


Além disso, o consumo diário de sal acima do recomendado ao longo dos anos é uma das causas do câncer gástrico, sendo que os países onde mais se consome sal são os que mais apresentam casos da doença.


Atenção aos sinais e sintomas


O câncer é também conhecido por ser uma “doença silenciosa” e no tipo gástrico não é diferente: podendo não haver sintomas por anos.


Mas quando há sinais e sintomas, alguns são semelhantes aos da gastrite, como:


● Queimação e irritação local;

● Sensação de empachamento (barriga cheia, mesmo comendo pouco);

● Dor que persiste por mais de uma semana.


Ao sentir isso, o paciente deve procurar um médico e relatar suas percepções.


Outros sinais como emagrecimento repentino sem dieta, vômito ou fezes com sangramento podem já indicar estágios mais avançados do quadro cancerígeno.


Como é feito o diagnóstico?


O médico gastroenterologista vai avaliar as queixas e observações do paciente e solicitar o exame de endoscopia digestiva alta.


A endoscopia é indolor e muito assertiva, pois neste exame é feita a conferência visual de anomalias nessa parte do sistema digestivo, como a neoplasia, sendo altamente eficaz para diagnosticar o câncer.


Qual o tratamento para o câncer de estômago?


É importante que o paciente saiba que há tratamento para o câncer de estômago e que, quanto antes for identificado, maiores as chances de cura.


De forma geral, a cirurgia é a opção de tratamento mais eficaz, onde é feita a gastrectomia, ou seja, a retirada de parte do estômago ou de todo o órgão, incluindo linfonodos ao redor.


No entanto, a quimioterapia tem sido amplamente utilizada antes da intervenção cirúrgica, pois se mostra cada vez mais efetiva na diminuição dos tumores e no aumento na chance de cura, em especial a do esquema “Flot”.


Este tipo de quimio é considerado mais forte, porém, se causar efeitos colaterais agressivos ao paciente, é possível manter eficácia reduzindo a dose ou adaptando o tratamento.


Na prática, o que define o tratamento é o estágio da doença e tamanho do câncer. Em casos de instabilidade microsatélite, por exemplo, aplica-se a imunoterapia, como também em casos mais avançados.


Ainda no caso de fase metastática, em que o câncer já está se espalhando, e o paciente é HER2 positivo, o tratamento anti-HER2 é aplicado, para reforçar os anticorpos e impedir o crescimento das células cancerosas.


No fim, o tratamento pode mudar e se adaptar, seja por efeitos colaterais insustentáveis, queda na eficácia ou quando a doença “percebe” o tratamento e oferece resistência ao mesmo, obrigando mudança na estratégia de combate.


Sempre mantenha uma boa comunicação com seu médico e diga o que você sente, faça perguntas, procure esclarecer a equipe médica sobre seu estado de saúde, assim o tratamento pode ser mais assertivo.


Conclusão


Cuidar da saúde não é tarefa fácil, mas muito necessária.


Exames como a endoscopia ajudam a detectar o câncer de estômago em sua fase inicial, o que favorece o sucesso do tratamento e obtenção da cura.


Se você identificar os sintomas ou sinais listados, procure um especialista. O câncer tem cura, mas requer diagnóstico precoce.


Veja como o Centro Paulista de Endoscopia pode te ajudar contra o câncer de estômago, acesse aqui.


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